TAILÂNDIA - Bangkok

Tailândia: uma pequena introdução sobre o país como um todo

Depois de nos surpreendermos, positivamente, com a Malásia, voamos para Bangkok na Tailândia. E o que tem lá? Ah um monte de coisas...

Partindo do começo:

O Reino da Tailândia (sim lá ainda tem uma família real) até 1939 era chamado “Reino de SIÃO” (tá e daí?). Não muda muita coisa, MAS, como curiosidade agora você já sabe de onde vieram os gatos SIAMESES (aqueles esmilinguidos e sorrateiros que sempre tem uma prima que gosta...).

A história da Tailândia em si é muito rica e complexa, existem dados de habitação humana de 40.000 anos atrás, e não nos convém contar toda esta história aqui (partes serão contadas nos textos sobre as cidades). Na versão resumida, dá para dizer que a Tailândia em sua cultura foi muito influenciada pelos hindus que no primeiro milênio estavam se expandindo pela Ásia, a religião predominante no país é o BUDISMO (originário da Índia), a comida PODE ser muito apimentada e o esporte nacional é o MUAY THAI.

Elefantes por todo o país...

Algumas informações úteis (ou não) sobre a Tailândia:

1 – O Muay Thai lá como o Futebol no Brasil, tem gente que assiste o dia inteiro e em muitos restaurantes há televisores exibindo as lutas.

2 – O rei Bhumibol Adulyadej (tive que copiar o nome do cara...) é o chefe de estado a mais tempo no poder NO MUNDO e o rei mais longevo na história da Tailândia, ele reina desde 9 de junho de 1946.

3 – O dia dos pais na Tailândia é comemorado dia 5 de dezembro, porque é ANIVERSÁRIO DO REI e é feriado nacional.

4 – Sim!!! O dia das mães é no aniversário da rainha e também é feriado nacional.

5 – O calendário oficial da Tailândia segue o calendário budista que está 543 anos à frente do nosso (guardamos as passagens de ônibus com o calendário zuado)

6 – Qualquer ato desrespeitoso a imagem de Buda ou da família real (há fotos e estátuas pelo país todo...) na Tailândia é crime GRAVÍSSIMO

7 – Existe pela Tailândia (e em alguns outros países da Ásia) uma rede de conveniências 24 horas que é a salvação dos turistas chamada de 7/11, elas lembram a loja do Apú (dos Simpsons) que vende basicamente de tudo, desde misto quente a sabão em pó.

8 – Na Tailândia a água da rede NÃO é potável, como em toda a Ásia, porém na Tailândia é muito fácil de encontrar máquinas que vendem 1,5 litros de água (algumas é 1 litro) por uma moeda de 1 Bath (equivalente a dez centavos) você só precisa ter a garrafa.

9 – Por todo o pais você encontrará portais e monumentos com as fotos do casal real ou deles em aparições “solo”.

10 – Ônibus intermunicipal na Tailândia é relativamente barato e além disto em viagens longas a companhia sempre providencia um lanche para comer no ônibus além de uma refeição em algum terminal.

Um dos vários monumentos em homenagem ao rei e a rainha.

Agora falaremos da cidade:

Bangkok

Capital da Tailândia desde 1782, Bangkok possui aproximadamente 8.300.000 habitantes espalhados em 1.568,7km². É nos dias atuais o grande centro econômico, artístico, esportivo e até religioso da Tailândia. Foi nomeada por muitas publicações de viagens como um dos melhores destinos turísticos do mundo por conta de seus templos, cultura exótica, gastronomia, modernidade e vida noturna. Tudo isso a preços relativamente módicos. Nos últimos anos ganhou ainda mais popularidade por conta do filme “Se beber não case – Parte 2” que mostra um pouco da vida noturna por lá e alguns perigos para os desavisados.

E nós? (supondo que você que está lendo se importa conosco...) Nós passamos por poucas e boas ...

Quase ninguém sabe, ou se importa de explicar mas do aeroporto para as outras regiões da cidade existem vários serviços de “shuttle” onde um “taxi compartilhado” leva você até o seu destino por muito menos que um taxi convencional, procure bem. (A grande maioria dos funcionários do aeroporto NÃO sabe disso).

Por conta dos preços das hospedagens e localização, decidimos ficar na região da Khao San RD que é basicamente a rua do agito da cidade, com muitos bares, lojas de souvenires, ambulantes, casas de massagens e boates. Se você for adepto da vida noturna lá é o lugar ideal, já no nosso caso, sofremos com a falta de isolamento acústico dos bares, de onde estávamos conseguíamos ouvir as bandas de DOIS bares ao mesmo tempo. (E como eram ruins...)

A locomoção em Bangkok pode ser feita por várias maneiras diferentes a gosto do cliente, taxis (nem tentamos), barcos (Bangkok já foi chamada de Veneza da Ásia), ônibus, metrôs, e os famigerados túk-túks. Durante nossa estadia não utilizamos os barcos como transporte, apenas demos uma volta em torno de uma vila, partindo de um mercado flutuante. (Só para parecer chique...) Os metrôs funcionam muito bem, porém se você estiver com mochilas e os guardas não forem com a sua cara eles irão querer revistar a sua bagagem, e no nosso caso isso deu muito trabalho. (Até as lâminas de barbear tivemos que mostrar). Os ônibus são MUITO baratos, com menos de R$3 cruzamos a cidade em ônibus com ar-condicionado, os sem são mais baratos ainda. Porém não existem terminais, para trocar de ônibus tem que pagar de volta e o transito de Bangkok é CAÓTICO (principalmente na região dos shoppings onde uns porteiros metidos a guardas f0d&m o transito só para abrir caminho para os magnatas...).

Esquecemos de alguma coisa? Não, claro que não. Os Túk-túks merecem uma atenção especial... Para quem não sabe, túk-túk, que também pode ser chamado de Auto-Rickshaw em outros países, é o nome dado aos pequenos veículos motorizados de três rodas que foram a modernização do “cicle-rickshaw” (em uma definição bem simples, uma carroça puxada por um ciclista) muito popular na Ásia. Hoje em dia, as cidades turísticas asiáticas são infestadas deles (e olhando de cima parecem várias baratas pelas estradas...) eles são bem abertos, (ideal para turistas) consomem pouco combustível e não atingem grandes velocidades. (Ainda bem porque a segurança é zero).

Fila de túk-túks.

A “treta” é que em Bangkok especificamente, os motoristas de túk-túks possuem um acordo pra lá de sem vergonha com os comerciantes locais (em geral alfaiates). Vamos explicar o esquema agora. Você está caminhando faceiramente pela cidade bem “de boas”, e todos os locais sabem que você é turista, NÃO TEM como evitar isso, um tailandês bem simpático puxa um assunto e logo pergunta “aonde você está indo”, você educadamente responde “naquele templo logo ali depois da esquina”. “Ah mas que azar, logo aquele. Aquele tá fechado hoje, é feriado lá ou o Budha tá dormindo. Mas assim, na cidade tem esses aqui que estão abertos, são um pouco distantes mas pelo menos estão abertos”. Nesse meio tempo ele chama um túk-túk para você, afinal ele é bem simpático, o cara do túk-túk tem um mapa, os 2 conversam em tailandês, você boia na maionese legal, até que tá tudo resolvido e você finalmente vai visitar os templos abertos (10 minutos em cada um, 3 templos) ao invés de ir em um que estava fechado. Que sorte né? Opa mas espera ai, quanto vai custar a corrida? “Ah sim claro, 20 baths” (2 reais arredondando) Ai tudo combinado, tudo resolvido, lá vai você visitar os templos, bate fotos, aquela coisa toda, acaba os templos do acordo e o motora pergunta: “você tá hospedado onde”? Você responde e ele diz “ah ok, vamos para lá então, só antes vou levar você para conhecer uma fábrica tailandesa”. Pô legal né o que será que tem nessa fábrica tailandesa? Ai o sujeito deixa você na frente de um alfaiate e diz “vocês têm de 10 a 20 minutos ali”. Entrando lá você é muito bem recebido, mostram os produtos, em geral ternos, camisas e vestidos caros e perguntam o que você vai querer. Nessa parte, nós não entendemos nada e fomos simples e diretos com o vendedor: “nós não estamos interessados em comprar NADA, nós nem sabemos o porquê de estarmos aqui, nós viemos em um túk-túk, olha nossas roupas, você acha que queremos um terno”? Em resposta a nossa franqueza o vendedor, também muito franco, disse: “vocês são muito pobres, saiam da minha loja”! Ao sair nosso motorista se assustou com a gente e perguntou “ué o que aconteceu lá dentro”? Explicamos os fatos e ele muito desapontado nos disse “Não! Era para vocês ficarem 10 minutos lá dentro! Agora vou ter que levar vocês em outro lugar...” AI CAIU A FICHA! Porque a corrida é barata; os motoristas ganham comissões das lojas onde levam os clientes, porém só de clientes que efetivamente comprem alguma coisa ou demonstrem um mínimo de interesse. Porém eles poderiam explicar isso desde o começo evitando assim muitos mal-entendidos, e no nosso caso sermos chutados para fora da loja. Em via de regra, essa prática é considerada golpe, MAS, nós pagamos R$2 (na verdade foi R$3 por que demos um picolé pro motora) para passearmos pela cidade, visitamos 3 templos, demos uma zuada na loja dos indianos (os alfaiates) e ainda ganhamos um mapa bem completo da região (essa foi uma exigência nossa antes de sairmos), então particularmente saímos no lucro, só pensamos que o esquema poderia ser mais bem explicado. É importante dizer, “a treta” começa lá atrás no cara simpático. (lembra dele?) Quando ele diz que o templo está fechado, é só para fazer você pegar o túk-túk. Outra coisa é que eles nunca irão levar você nos templos mais importantes ou os maiores (se perguntar esses sempre vão estar fechados), afinal, eles têm pressa de ganhar a comissão e largar você de volta.

O golpista.

Além deste golpe, se você encontrar uma senhora jogando milho aos pombos nas pelas calçadas da cidade, NÃO INTERAJA COM ELA. Ela insistirá para você jogar milho aos pombos, alegando que isto dá sorte, tirar fotografias e depois irá cobrar pelos “serviços prestados”.

Mas nem só de golpistas e gente ligeira vive Bangkok. Como já foi dito a cidade é uma das mais visitadas do mundo então há muito o que se ver por lá. Visitamos o Wat Pho, também conhecido como “Templo do Buddha deitado”, um dos templos mais antigos da cidade. Lá existem mais de 1000 imagens de Buddha, mas nem se empolgue, muitas são repetidas particularmente não entendemos o porquê disto. Porém no templo também existem enormes “estupas” repletas de detalhes em porcelana, estátuas de guardiões espirituais e, obviamente, o Buddha Reclinado folheado a ouro com seus 46m de comprimento por 15m de altura, representando Buddha em sua última meditação. De acordo com a religião budista, Buddha faleceu devido a ingestão de carne de porco mal conservada e sua idade (80 anos). Apenas explicando: pelas manhãs os monges peregrinam pelas ruas pedindo comida aos fiéis e como regra eles NÃO PODEM recusar nenhum tipo de comida, assim, em alguns países acredita-se que Buddha estava plenamente consciente do que estava lhe acontecendo e terminou seus dias meditando na posição já mencionada.

O Buddha deitado

Algumas das estupas do templo

Também visitamos a Golden Mountain, que como templo religioso é chamado de Wat Srakesa. Durante muito tempo este templo serviu como crematório oficial da cidade, porém durante os anos em que a cidade foi atingida pela cólera o templo não conseguia atender a demanda e por conta disto os corpos eram abandonados do lado de fora dos templos para que fossem devorados pelos abutres.

Estupa no topo da Golden Montain

A vista da cidade de cima do templo

Como quase toda cidade asiática, e principalmente nas turísticas, Bangkok possui seus mercados de rua como o “Chatuchak”, e mesmo alguns sobre rios como o “Talin Chan” Market que sempre estão cheios de turistas.

Um dos vendedores de um dos mercados flutuantes de Bangkok

E como já foi dito a Khao San RD é a região do agito, lá você encontra bebida barata, comida descente, massagens ao ar livre, produtos falsificados e até INSETOS FRITOS...

A bagunçada Khao San Rd

Servidos???

É isso, em Bangkok qualquer tipo de turista vai se identificar com algo, religião, comida, compras, agito, inclusive praias e sossego, considerando que a praia de Pattaya é muito boa e fica a 150km (ou um ônibus por 10 Temers).

Mas ainda temos as...

Informações úteis (ou não) sobre Bangkok:

1 – Bangkok está no livro dos recordes como a cidade com o maior nome do mundo (ué como assim?) simples, a cidade oficialmente chama-se “Krungthepmahanakhon Amonrattanakosin Mahintharayutthaya Mahadilokphop Noppharatratchathaniburirom Udomratchaniwetmahasathan Amonphimanawatansathit Sakkathattiyawitsanukamprasit” que traduzindo significa “Cidade dos anjos, grande cidade dos imortais, cidade magnificente das nove gemas, trono do rei, cidade dos palácios reais, lar dos deuses encarnados, erguida por Vishvakarman como pedido de Indra”. Entendeu agora?

2 – Em Bangkok você não precisa se desesperar em busca de um caixa eletrônico, eles são encontrados praticamente a cada esquina, e ninguém nunca ouviu falar de espertalhões explodindo eles.

3 – Há muita comida de rua em Bangkok, mas diferente de Penang, por exemplo, é bom cuidar um pouco com aonde você vai comer pois é uma cidade um pouco mais suja.

4 – Em Bangkok, os taxis não possuem cor definida (rosa, azul, verde-amarelo, alaranjado entre outras...), o que dá um colorido legal na cidade.

5 – Foi em Bangkok que foi criado o energético Red Bull

6 – Bangkok é conhecida com a Veneza asiática, e como a original vem “afundando” de 2 a 2,5 cm por ano.

7 – Em uma loja de Bangkok encontramos CHITAOZINHO E XOXORÓ!

Xitãozinho e Xororó sairam do Rancho Fundo e foram pra Bangkok.

Trânsito colorido de Bangkok.