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MALÁSIA - George Town e Langkawi

  • Francisco
  • 5 de jul. de 2016
  • 6 min de leitura

Depois de muito tempo (mais precisamente 1 mês) estamos aqui novamente para falar de mais duas cidades da Malásia, George Town e Langkawi.


George Town fica em Penang, uma ilha no noroeste da Malásia, com aproximadamente 500.000 habitantes, área de 305.773 km² e uma mistura de culturas tão próxima como se vê em poucos lugares.


Prédio que escapou do bombardeio japonês durante a 2ª guerra.


Para começar, a ilha inteira foi administrada pelos britânicos que queriam estabelecer uma base na região para fazer frente a crescente expansão das colônias holandesas, para conseguir isso entrou em acordo com o Sultão de Kedah que cedeu a ilha de Penang em troca de proteção contra as nações de Burma (atual Myanmar) e Sião (atual Tailândia, em postagens futuras falaremos dela por aqui...) que estavam expandindo seus territórios e em frequentes conflitos. Após o acordo começou a colonização britânica no lugar, porém nunca foi interesse dos britânicos fixar residência e sim administrar os recursos e colher impostos com a criação de um porto na ilha. Por conta disto, povos de todos os cantos se estabeleceram pela região, focando em Geroge Town, cada qual com um bairro específico o que resultou em uma grande “bagunça organizada”. É possível ao cruzar uma rua sair de “Chinatown” e entrar em “Little India” e ao cruzar mais uma rua entrar em OUTRA “Chinatown” (que inclusive era rival da primeira), além dos bairros armênio com uma bela mesquita, britânico onde o foco eram os negócios e a administração da região e o bairro de católicos, que tiveram que se mudar por conta das brigas entre os chineses durante o horário da missa...

Os chineses brigando na hora da missa e o padre pedindo silêncio.

Após uma pequena introdução que acredito ser decente contaremos agora como foram nossas experiências por lá. Para começar, para chegar na ilha escolhemos ir de ônibus, conforme dito em outros posts, os ônibus na Malásia são MUITO baratos (aproximadamente 35 reais para viajar 300km) e por conta disto acabamos por passar na maior ponte que já vimos na vida, 13,5km (maior que a ponte Rio-Niterói), do outro lado encontramos uma região muito limpa, com ar puro, estradas largas e população muito educada. Para chegarmos em nosso hostel, apesar de muita insistência dos taxistas, fomos com um dos ônibus locais. Ao chegarmos lá, fomos recebidos por um senhorzinho com claras descendências chinesas de nome “Tê” muito simpático que nos deu 5 guias diferentes a respeito da região. Ele também nos contou que na manhã seguinte caso nos apresentássemos no centro de informações ao turista até as 10 horas da manhã poderíamos nos juntar a um tour que conta a história da região (um pouco do que foi escrito acima) DE GRAÇA!!!! Estava começando a ficar bom...

No tour, nosso guia, muito simpático por sinal, nos levou por todas as “quebradas” da região dando inúmeros relatos a respeito de cada uma das diferentes vilas de imigrantes como seus costumes e arquiteturas característicos ou ainda alguns acertos e erros que aconteceram durante o curso da história. Como o fato de que em George Town até 1909 a força policial também era responsável pelos combates a incêndios, ou os bombeiros eram responsáveis por combater crimes, ai vai da interpretação de cada um. São muitas histórias e se fosse contar todas não terminava mais o post...

Bombeiro ou policial??

Após o passeio nosso guia nos indicou um lugar supostamente bom para comer, ao chegarmos no lugar quase jogamos a credibilidade do sujeito no lixo, o lugar era uma bagunça. Parecia uma grade festa de São João, cada um com uma barraquinha tentando vender alguma coisa, com a diferença que lá você não entende os palavrões ditos pelo povão. Tinha frango assado com macarrão, porco com macarrão, camarão com macarrão (eles gostam de macarrão), arroz de tudo quanto é jeito (até doce...) e até uma tiazinha no final que vendia uns cachorro-quente. Eram tantas opções tão “convidativas” (se você olhar muito, você não come) que quando fomos ver estávamos comendo em uma barraquinha só porque um velhinho que estava lá viu a gente meio perdido e disse que a comida ali era boa. Pedimos nossos pratos, que se não falha a memória foram 2 “Mee Goreng Ayam with Dumplings” que traduzindo seria “Macarrão frito com Frango e bolinhos” uma outra tia que não falava nada de inglês pediu o que iriamos beber e conseguimos nos entender só no “orange juice”, e até que a comida era boa mesmo! Sério, nem nós acreditávamos, tanto é que voltamos lá umas 3 ou 4 vezes (era perto de nossa hospedagem). Ah e o preço? Com uma conversão bem mais ou menos R$12,00 os DOIS PRATOS E DOIS SUCOS. Tá bom né?

Praça de alimentação indicado pelo guia. Vai encarar??

Para quem pensa que ficamos “de boas” só no macarrão, um dos guias que o sr. Tê nos deu, falava sobre uma campanha da cidade de George Town para revitalizar suas ruas e aproveitar o espaço para contar a história da cidade. Como foi feito isso? Espalhando pela cidade inúmeras gravuras contando algum fato importante ou alguma história curiosa sobre aquela vizinhança. Além disto a cidade convidou o sr. Ernest Zacharevic, um artista de rua, para colorir as paredes da cidade com elementos que ele julgasse contemporâneos ou históricos de alguma forma. E o que isso tem a ver com a gente? Resolvemos sair pela cidade em busca dessas histórias pelas paredes de George Town, o que nos rendeu umas fotos pra lá de divertidas. Além de tudo isto a cidade possui muitos museus interessantes, como o museu da fotografia, o museu de comida gigante, o museu de ponta cabeça...


Alguns dos desenhos espalhados pela cidade

Enfim, sinceramente George Town até o momento foi o destino mais legal em nossa passagem pela Ásia, e olha que já passamos em um monte de lugares que ainda não estão no blog. (eita preguiça...) O que faz lembrar que é preciso mencionar as...


INFORMAÇÕES ÚTEIS (OU NÃO) SOBRE GEORGE TOWN:

1 – Existe uma linha de ônibus turística que circula pelos principais pontos turísticos de George Town, DE GRAÇA (tudo que for de graça vai ser escrito em letras maiúsculas a partir de agora...)

2 – George Town é a segunda cidade malaia a ser considerada patrimônio histórico mundial pela UNESCO

3 – A CNN elegeu George Town como o melhor destino turístico para amantes de comida na Ásia.

4 – Mas evite o Ice Kachang e o Cendol se você não está a fim de esquisitices, ambos são a base de sorvete, porém em suas receitas são incluídos: FEIJÃO E MILHO COZIDO e vários outros ingredientes não identificados.

5 – Em George Town, a comunidade britânica querendo parecer “chique” chegou a construir uma estação de trem, porém a cidade nunca possuiu uma linha férrea, o passageiro só esperava algum tempo ali para pegar um barco que o levasse ao continente para a real estação de trem. Hoje o prédio é um escritório do governo.

6 – Por muitos anos a força policial, que também era o corpo de bombeiros, não foi capaz de deter a máfia chinesa na cidade, pois os templos chineses além de serem construídos como fortalezas possuíam passagens secretas muito estreitas que os policiais de porte europeu não conseguiam acessar.

7 – Por muitos anos as famílias mais nobres da Malásia enviavam seus filhos para estudar em George Town, ainda hoje é considerado que as melhores escolas ficam por lá

8 – Em George Town é possível encontrar uma estátua do fundador da cidade o capitão Francis Light, porém ninguém sabe a real aparência do sujeito, fizeram a estátua baseada em imagens do filho dele...

A estação de trem e sua arquitetura com caracteriscas britânicas.


Langkawi


Após George Town, fomos a uma ilha mais ao noroeste da Malásia, praticamente divisa com a Tailândia, chamada Langkawi. Esta região não tem muitas histórias marcantes como George Town, mas é muito recomendada para quem busca boas praias e COMPRAS. A ilha de Langkawi é “Duty Free”, ou seja as mercadorias lá são sem impostos. Só para se ter uma ideia, pelo fato da Malásia ser um país oficialmente mulçumano, as bebidas alcoólicas são taxadas em valores absurdos, uma cerveja chega facilmente a R$15, enquanto que em Langkawi a mesma cerveja pode ser comprada por R$3 ou R$4. Assim muita gente vai para lá para fazer compras, principalmente cigarros, bebidas, roupas e guloseimas. (compramos dois potes de nutella de 700gr por R$10).

Ave símbolo da cidade

Voltando a falar das praias, para quem busca diversão e aventura (e tem grana para gastar...) é possível fazer muita coisa por lá, passeios pelas ilhas (foi a nossa opção), jet-ski, skydiving, snorkelling, não sei o nome mas dá para você passear em um paraquedas arrastado por uma lancha (Se alguém souber o nome nos conte)...

Pôr do sol, com destaque pro paraquedas sendo arrastado pela lancha.


Passeio de barco

Enfim, Langkawi é uma ilha mais férias, mas ainda assim muito bacana. (E não temos nada de curioso para contar de lá que já não está escrito)



 
 
 

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