NOVA ZELÂNDIA - Wellington
- Chico
- 18 de abr. de 2016
- 4 min de leitura
Depois de termos passado por, talvez, alguns dos lugares mais bonitos que já vimos e mais algumas horas de ônibus, chegamos na capital da Nova Zelândia; “WELLINGTON” e qual foi a nossa primeira sensação?
“Alguém venha vender pipas em Wellington!”

É talvez uma das cidades que tem os ventos mais fortes do mundo, em praticamente metade do ano os ventos são de, em média, 60 km/h. Mas eles souberam aproveitar bem esta característica, pois a energia eólica é muito bem explorada pela cidade.
Wellington, tem aproximadamente 400.000 habitantes em uma área de 290 km². É uma cidade muito agradável de conhecer e morar (Se você não tem problemas com ventos fortes e tremores frequentes).
Como a Nova Zelândia em geral, Wellington possui muitos parques e praças, as estradas são largas e NÃO HÁ ENGARRAFAMENTOS, o transporte público funciona muito bem (não testamos mas conversamos com muitas pessoas que confirmaram isto), a cidade é MUITO limpa e pessoalmente a população é muito educada.

Jardim em frente a biblioteca do Parlamento.
Wellington assim como Auckland é uma cidade originalmente portuária, porém nos dias atuais é do turismo a maior contribuição para o avanço econômico da cidade. E por conta disto a cidade possui muitos museus com exposições temporárias e definitivas, vários festivais artísticos ocorrem durante o ano todo com apresentações de teatro ou música, quando nós chegamos estava acabando o New Zealand Arts Festival com eventos pela cidade toda, alguns de graça.
Coincidiu de no final de semana que passamos por Wellington o time local de Super Rugby (a Champions League deles) faria o jogo em casa então resolvemos prestigiar o evento e vale aqui uma nota sobre a confiança do povo neozelandês na idoneidade das pessoas. Por menos do que o preço de dois ingressos “Adultos” era possível comprar o pacote “Família” que supostamente serviria para dois adultos (nesse mundo moderno é complicado falar em casais) e três crianças. Como nós já somos uma família de 2 pelo tempo e por maioria de votos, pegamos o pacote com os 5 ingressos, só que nos ingressos não havia nenhuma limitação informando que os 3 ingressos restantes deveriam ser utilizados por crianças, ou seja, se nós fossemos querer nos aproveitar da situação poderíamos ter tentado revender os bilhetes ao menos para recuperar o dinheiro da entrada. Não, não fizemos isso e a julgar pelo público no setor destinado as famílias ninguém faz. (Ah se fosse no Brasil...)
Só para constar: Ganhamos de 42 a 20 (Go Hurricanes)

Feliz Páscoa beeem atrasado!

Tava frioooo, mas valeu a pena!
Alguns dos lugares que visitamos foi o “Wellington Botanic Garden” que de tão maneiro e grande nós nos perdemos e desistimos de ver tudo. Para chegar lá fomos com o Cable Car, um bonde que sobe 120 metros em 5 minutos com uma vista bem legal e túneis coloridos.

Jardim Botânico

Cable car antigo
O “Monte Victoria” também merece destaque oferecendo uma vista recompensadora após uma caminhada (ou pedalada) bem íngreme, mas sempre tem uns chineses trapaceiros que vão de carro. (O dia que eu for presidente do mundo vou proibir essas coisas...)

Vista do Monte Victoria
Um dos museus mais legais da cidade é o “Wellington Museum” que conta a história da cidade através de seus mais de 150 anos, inclusive com uma timeline relatando os fatos mais marcantes de cada ano. Lá vimos pela primeira vez na vida uma projeção em 3D MESMO, (nem sei como explicar como funciona só que era legal) era sobre duas lendas maoris.
Outro museu que visitamos e que vale a pena mencionar é o “Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa”, que é tão grande quanto o nome. Lá foi possível notar o quanto o povo local se preocupa com as questões ambientais e as alterações que a mão do homem pode causar em todo o ecossistema. Muitas exposições contam como as florestas deram lugar aos pastos ou como flores que não são das ilhas se espalharam como pragas. Além de toda a história de como o povo Maori foi sendo “encurralado” pelo homem ocidental. Uma parte importante da história da Nova Zelândia passa pela 1ª Guerra Mundial, que está completando um século, onde muitos “Kiwis” (como o povo se autodenomina) foram recrutados (a Nova Zelândia ainda era uma colônia britânica) a lutar uma guerra da qual eles não faziam a menor ideia do porquê, e da qual muitos não voltaram, principalmente da campanha de Galípoli (93% dos soldados ou morreram ou foram permanentemente mutilados) muito bem retratada em uma exposição TEMPORÁRIA no mesmo museu.

Representação do médico de campo Percival Fenwick na batalha de Galipoli
Dessa forma terminamos nossa passagem pela Nova Zelândia e fica a dica, para os brasileiros que queiram se aventurar, no geral é um país bem caro, os preços são parecidos com os do Brasil PORÉM na moeda deles, e com os impostos de cambio mais um “coeficiente de cagaço” (para não ser pego de surpresa) faz cada dólar neozelandês, para nós, valer 3 reais. Mas não dá para dizer que não vale a pena, só conhecemos a ilha norte mas vistamos a maior cidade do país, uma cidade de interior e a capital e já podemos afirmar que é um país de belezas únicas com uma população extremamente educada e honesta. Nesta época de crises política e econômica no Brasil, a Nova Zelândia, ao menos em nós, causou uma certa inveja e ao mesmo tempo uma sensação de vergonha pois se lá em um país DAQUELE TAMANHO, vitimado por terremotos, existe tanta infraestrutura e tanta qualidade de vida o que falta ao Brasil, tendo todos os recursos que tem para atingir patamar semelhante?

Uma parte do Harbor Front de Wellington
Informações úteis (ou não) sobre Wellington e a Nova Zelândia.
1 – Não tem guarda-chuva em Wellington, por causa do vento não é aconselhável o seu uso (Encontramos para vender um desenvolvido por engenheiros especialmente para lá, mas não vimos ninguém usando).
2 – Também por causa dos ventos, as janelas são pequenas e é possível ouvir as paredes “balançando”.
3 – Wellinton tem praias com águas cristalinas e..... geladas!!!!!
4 – Os banheiros públicos falam com você e são bem educados ;) (também são muito limpos).
5 – Os neozelandeses não sabem cortar o boi como nós, eles não separam a picanha L.
6 – Eles também não comem coraçãozinho de frango, vai tudo pro lixo!
7 - A Nova Zelândia possui mais Ovelhas ou Vacas que pessoas!!!!

Passarinho fotogênico
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