CHILE - Ilha de Páscoa (Rapa Nui)
- Francisco
- 8 de mar. de 2016
- 3 min de leitura

Parque de Ahu Tongariki
É o lar do coelho??? Não, ela possui este nome por ter sido encontrada pelos europeus durante um domingo de pascoa. Porém o nome pelo qual os habitantes da ilha a chamam (e agora nós também) é Rapa Nui que significa na linguagem nativa “Grande ilha”.
Muito antes da civilização europeia tomar conhecimento desta ilha ela já era habitada por tribos polinésias que migraram em meados do século VII (há quem diga que foi ainda antes).Nesta época as tribos obedeciam ao Ariki (Rei), e este por sua vez acreditava que a construção de monumentos e templos de pedra lhe trariam energia espiritual (mana) que lhes seria útil durante os plantios e caçadas, assim começaram as construções dos famosos MOAIS. Com a expansão da tribo, começaram a haver disputas internas e o surgimento de novos líderes, por conta disto as tribos acreditando que os Moais de tribos rivais lhe enfraqueciam, começaram a derrubar os mesmos, por isto ainda hoje são encontrados Moais deitados e não somente em pé, além de templos muito danificados.

Rastros das guerras entre tribos
Mais algum tempo depois os nativos da ilha passaram a crer em seres mitológicos e a prestar homenagens a eles em desenhos nas pedras, principalmente MAKE MAKE (sua versão de Deus) e o TANGATA MANÚ (o homem-pássaro) além de continuar a desenhar os elementos básicos de sua sobrevivência como peixes e plantas.
Neste período surgiram os sacerdotes e líderes espirituais, que por algum motivo ainda desconhecido, organizavam uma competição onde o guerreiro que trouxesse para o cume da montanha, o primeiro ovo de Manutara (pássaro migratório que descia na ilha em meados de setembro para “botar” seus ovos) do ano seria condecorado chefe supremo da tribo e representante na terra de Tangata Manú, até o ano seguinte.

Acredita-se que era lá naquela ilha que Manutara colocava seus ovos (Parque Orongo)
Muito dos ritos e costumes nativos se perderam com o passar dos anos e nem mesmo a população sabe explicar bem as origens e credos dos povos que ali viviam, isso porque, além da grande dizimação do povo por parte do homem branco, em 1871 sacerdotes cristãos aportaram na ilha para a catequização da população. Porém destas histórias ainda existem na ilha milhares e milhares de monumentos e desenhos que se não são fáceis de compreender, são muito faceis de se admirar.

Vista da cratera do vulcão de Orongo (um dos 3 vulcões supostamente intavivos da ilha)

Parque Tahai

Matamos a saudades das magrelas
Informações uteis (ou não) sobre Rapa Nui.
1 – A ilha é muito pequena, 163,6 km². (nós cruzamos ela de bicicleta (Y) )
2 – A população (aprox. 6000 habitantes) se concentra em Hanga Roa, única região da ilha com hospedagens, mercados, restaurantes, etc.
3 – Para o turista que não quiser se incomodar para conhecer a ilha, é altamente recomendável o aluguel de algum veículo. (Tem carros, motos, bicicletas e até quadricículos!)
4 – Existem dois parques em específico na ilha que a visitação só é permitida mediante a apresentação de ingresso, Orongo e Rano Raraku, o mesmo para os 2 pontos, no restante da ilha a visitação é livre (é possível comprar o ingresso logo no aeroporto).
5 – Nos bares da ilha durante a noite sempre ocorrem apresentações de danças tribais.
6 – Os custos de QUALQUER COISA na ilha são muito acima dos padrões (principalmente para brasileiros), pois quase nada é produzido ali e tudo tem que vir por transporte aéreo.
7 – A praia (só tem uma, em Anakena) é ótima porém muito pequena (a ilha é repleta de rochedos a beira-mar, e em alguns foram criadas algumas “piscinas” naturais).
8 – Você vai encontrar vários cavalos selvagens pela ilha (não tentamos montar em nenhum deles =[ ).

Eu fiz cócegas no umbigo do mundo >P. (Te Pito O Te Henúa)
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